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Diálogo com uma mãe que reaprendeu a educar

por cunha ribeiro, Quinta-feira, 12.01.17

Pode definir o seu ponto de vista sobre  "educação" com um só adjectivo?

- A educação deve ser "afectuosa".

- Que significa isso?

-  Embora tal pareça impraticável, significa uma educação que não admite nenhum tipo de agressão física, nem punição. 

- Como chegou a tal conclusão?

-  Foi preciso reflectir muito sobre a minha própria experiência de criança e adolescente. A minha história pessoal. Questionar o que os meus pais fizeram e não fizeram; O que eu já fiz e não fiz;  foi necessário aprender.

Qual é a sua primeira experiência como educadora?

- Fui uma mãe agressiva. Gritei e fiz chantagem com a minha filha. Mas bem me apercebia que não era eficaz e que não estava a ser coerente com a minha forma de a amar. Decidi por isso ler, li muito, avancei pouco a pouco, festejei as minhas vitórias, e aprendi na tristeza das minhas derrotas. Por vezes há novos fiascos que nos desencorajam, cheguei à beira da pura agressão. Tenho sempre presente o seguinte pensamento de Guinot: " Todos os sentimentos são aceitáveis, mas nem todos os comportamentos o são". Isto é válido tanto para pais e professores como para filhos e alunos.

 

- A que conclusões chegou com a sua reflexão?

- Do meu estudo, da auto-reflexão sobre o que li e da minha experiência de filha e de mãe retirei nove ideias sobre “como educar”.  A primeira é uma teoria sobre o afecto; a segunda centra-se nas “necessidades do educando”; a terceira fixa-se nas etapas do desenvolvimento; a quarta preocupa-se com o “funcionamento do cérebro”; a quinta debruça-se sobre as “razões que desencadeiam comportamentos censuráveis no educando”; a sexta distingue as “emoções que escondem outras emoções”;  a sétima  reflete sobre “novas formas de comunicar”; a oitava centra a sua atenção no “autodidatismo do educador”; a nona desenvolve o tema “preparação do ambiente familiar”.

- Em que consiste a sua « teroria do afeto » ?

- Ao longo da infância e adolescência a necessidade de afeto é primordial e a sua satisfação é um elo fundamental no desenvolvimento emocional e relacional do educando. Se a necessidade de afecto não é suprida, porque há rejeição, pouca atenção, ou imprevisibilidade e irregularidade dessa atenção por parte do educador, a insegurança do educando pode desenvolver-se  e a sua desconfiança em relação ao Educador  pode minar a relação entre ambos. “ As palavras sem afeto nunca chegarão aos ouvidos de Deus.” (W. Shakespear)

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por cunha ribeiro às 10:24

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por cunha ribeiro, Quinta-feira, 12.01.17

- Pode definir o seu ponto de vista sobre  "educação" com um só adjectivo?


- Pao deve ser "afectuosa".ra mim a educação.


- Que significa isso?


-  Embora tal pareça impraticável, significa uma educação que não admite nenhum tipo de agressão física, nem punição. 


- Como chegou a tal conclusão?


-  Foi preciso reflectir muito sobre a minha própria experiência de criança e adolescente. A minha história pessoal. Questionar o que os meus pais fizeram e não fizeram; O que eu já fiz e não fiz;  foi necessário aprender.


- Qual é a sua primeira experiência como educadora?


- Eu fui uma mãe agressiva. Gritei e fiz chantagem com a minha filha. Mas bem me apercebia que não era eficaz e que não estava a ser coerente com a minha forma de a amar. Decidi por isso ler, li muito, avancei pouco a pouco, festejei as minhas vitórias, e aprendi na tristeza das minhas derrotas. Por vezes há novos fiascos que nos desencorajam, cheguei à beira da pura agressão. Tenho sempre presente o seguinte pensamento de Guinot: " Todos os sentimentos são aceitáveis, mas nem todos os comportamentos o são". Isto é válido tanto para pais e professores como para filhos e alunos.

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por cunha ribeiro às 10:22

Diálogo com uma mãe que reaprendeu a educar:

por cunha ribeiro, Quinta-feira, 12.01.17

 


- Pode definir o seu ponto de vista sobre  "educação" com um só adjectivo?


- Pao deve ser "afectuosa".ra mim a educação.


- Que significa isso?


-  Embora tal pareça impraticável, significa uma educação que não admite nenhum tipo de agressão física, nem punição. 


- Como chegou a tal conclusão?


-  Foi preciso reflectir muito sobre a minha própria experiência de criança e adolescente. A minha história pessoal. Questionar o que os meus pais fizeram e não fizeram; O que eu já fiz e não fiz;  foi necessário aprender.


- Qual é a sua primeira experiência como educadora?


- Eu fui uma mãe agressiva. Gritei e fiz chantagem com a minha filha. Mas bem me apercebia que não era eficaz e que não estava a ser coerente com a minha forma de a amar. Decidi por isso ler, li muito, avancei pouco a pouco, festejei as minhas vitórias, e aprendi na tristeza das minhas derrotas. Por vezes há novos fiascos que nos desencorajam, cheguei à beira da pura agressão. Tenho sempre presente o seguinte pensamento de Guinot: " Todos os sentimentos são aceitáveis, mas nem todos os comportamentos o são". Isto é válido tanto para pais e professores como para filhos e alunos.

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por cunha ribeiro às 10:21

Aprender a Educar

por cunha ribeiro, Quinta-feira, 12.01.17

Diálogo com uma mãe que reaprendeu a educar:

- Pode definir o seu ponto de vista sobre  "educação" com um só adjectivo?

- Pao deve ser "afectuosa".ra mim a educação.

- Que significa isso?

-  Embora tal pareça impraticável, significa uma educação que não admite nenhum tipo de agressão física, nem punição. 

- Como chegou a tal conclusão?

-  Foi preciso reflectir muito sobre a minha própria experiência de criança e adolescente. A minha história pessoal. Questionar o que os meus pais fizeram e não fizeram; O que eu já fiz e não fiz;  foi necessário aprender.

- Qual é a sua primeira experiência como educadora?

- Eu fui uma mãe agressiva. Gritei e fiz chantagem com a minha filha. Mas bem me apercebia que não era eficaz e que não estava a ser coerente com a minha forma de a amar. Decidi por isso ler, li muito, avancei pouco a pouco, festejei as minhas vitórias, e aprendi na tristeza das minhas derrotas. Por vezes há novos fiascos que nos desencorajam, cheguei à beira da pura agressão. Tenho sempre presente o seguinte pensamento de Guinot: " Todos os sentimentos são aceitáveis, mas nem todos os comportamentos o são". Isto é válido tanto para pais e professores como para filhos e alunos.

 

 

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por cunha ribeiro às 09:36

Pequenos truques de gestão de uma aula revelados por um professor:

por cunha ribeiro, Terça-feira, 10.01.17
 

 

- Sou absolutamente a favor do uso da "Planta da Sala". Para distribuir os alunos , não inventei coisa nenhuma: utilizo a ordem alfabética. Eles aceitam bem e a maior parte dos professores também a utiliza. Conheço, no entanto, um colega que experimentou uma disposição mista "rapaz/rapariga" e terá funcionado muito bem. Evitou que os grupos deles ou delas estivessem juntos, o que sempre pode resvalar para a conversa ou para o disparate.

 - Mesmo sendo professor de ciências, dou notas aos alunos pela sua participação oral. No início de cada trimestre, enquadro-os entre o 10 e o 20. Uma boa atitude e uma boa participação acrescentam pontos a essa base inicial. Mau comportamento e má participação subtrai  pontos. Dessa forma, consigo agir rápida e discretamente (sem ter de interromper o meu discurso e sem anotar de imediato as classificações);

- Se uma turma começa a exagerar , ao nível do comportamento, ameaço os prevaricadores com um telefonema aos pais ou encarregados de educação. E faço-o no próprio dia. Se os pais colaborarem, este é um remédio santo para para alterar o comportamento dos prevaricadores e um meio dissuasor e desmobilizador de outros. Se a situação se repetir mais adiante, é, então, suficiente a ameaça.

- Quando uma turma se agita demasiado, e não há forma de a acalmar, interrompo a aula, sento-me, pego num livro e começo a lê-lo. Geralmente, 10 segundos depois, a tempestade amaina e a aula pode recomeçar.

- Procuro, logo no início do ano, tratar os alunos pelo seu nome, o que implica memorizá-los rapidamente.

 

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Motivação Escolar

por cunha ribeiro, Sexta-feira, 06.01.17

 

 
A falta de motivação escolar é um dos grandes problemas da adolescência. Por vezes, de forma quase brutal, os nossos jovens sucumbem ao diletantismo e entram num conflito insanável com a escola.
 Quando isto acontece, coitados dos pais, ficam inquietos, atormentados, e oscilam  entre o castigo, e o deixa andar. Em muitos casos tentam perceber as razões por detrás de tal atitude e não as encontram, ou limitam-se a constatar, impotentes, algumas delas.
Como reagir perante um adolescente que parece incapaz de fazer o que é necessário para ter sucesso escolar? O que fazer para que esse adolescente deixe de permanecer tão resistente ao esforço, à disciplina e ao estudo? É certo que por vezes esta espécie de "avaria no motor da motivação" se deve a reações a acontecimentos externos: doença de um familiar, ou do próprio; morte de um próximo; separação ou divórcio dos pais; ruptura de uma relação amorosa ou de uma grande amizade.
Mas não só. Por vezes a explicação deste caos motivacional situa-se no próprio processo corporal e psicológico das transformações que resultam do crescimento. A puberdade é uma metamorfose rápida e constante do corpo e do espírito. Em alguns meses, rapazes e raparigas têm mais 15 cm e um corpo de adulto. Eles têm uma grande dificuldade em lidar com esta eclosão fisiológica, em dominar um corpo rebelde cada vez mais distante da paz juvenil. Como explicar que uma criança exuberante, estabanada e alegre,  se transforme de um momento para o outro num jovem tímido, controlado e meio triste? Ou o contrário? Srerá que os primeiros ao crescerem se viram para trás e têm vergonha daquilo que foram? E que os segundos, sentem que não há razão para continuarem tão inseguros, e há que se rebelarem contra a timidez? Para todos, há um denominador que é comum: a sexualidade com o seu cortejo de dúvidas e angústias. O comportamento por vezes caótico, petturbador, o discurso bruto, irrefletido e chocante não serão formas de reagir a este mundo desconhecido inquietante e perturbador que é a sexualidade em evolução? Estas preocupações, que estão no centro da atividade psíquica do adolescente, poderão inibir a sua atividade inteletual e criativa? Esta inibição inteletual, que trava o investimento escolar do adolescente, pode muito bem, ser acompanhada por uma inibição sexual, ou, pelo contrário, por uma espécie de exuberância, que reclama uma prioridade sem freio...
Acresce o seguinte: estas mudanças fisiológicas e psicológicas implicam uma mudança de paradigma na relação do adolescente com os seus pais. Para o adolescente, é necessário que os pais entendam o seu novo mundo, que não é apenas o planeta escolar, mas é todo um universo cuja raíz é muito mais fisiológica, do que intelectual. Que valor têm as notas, as aulas, os livros, diante do mistério da sexualidade? Para estes adolescentes, zero.
Neste contexto, o prazer de agradar aos pais pelos bons resultados escolares deixou de contar. Essa satisfação de agradar aos pais ou à professora da Escola Primária, motor essencial da sua motivação escolar,  perdeu atualidade. Tal só é possível quando o adolescente , sentindo-se gratificado pelo sucesso escolar, adquire uma certa autonomia na gestão desse sucesso, e muito naturalmente estabelece uma distância salutar entre o seu trabalho e os seus pais. A dependência dos pais no sucesso escolar parecer-lhe-á um transtorno ao seu crescimento ao seu "tornar-se adulto".

 

 

 

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por cunha ribeiro às 09:01

O Aluno-Cliente

por cunha ribeiro, Quinta-feira, 05.01.17

 

Do Minho ao Algarve, devido à eterna insuficiência orçamental, pedem os governos aos professores que sejam profissionais, “robôs”, e polivalentes! E a você, que escolheu ser professor de Português, que esqueça tudo o que aprendeu na Universidade: a gramática, a ortografia, a redação, os complementos, os substantivos, os adjetivos, a pontuação. Porque você não tem tempo para desperdiçar nessas “banalidades”. Por isso, dev e guardar tudo num canto da sua memória que, para os seus alunos, "maiores valores se alevatam".

Urge, pois, ignorar tudo o que aprendeu. Você, hoje, na escola, não tem alunos, tem clientes. Os quais não têm que se adaptar à sua pedagogia, isso é assunto arrumado, pois é obsoleto, e está ultrapassado pela novíssima pedagogia “mercantilista”.

Tal como o jovem-príncipe, o aluno-cliente, tem direito a uma escola "à la carte"- é ele que decide o que deve ser ensinado, e como deve ser ensinado. O aluno-cliente tem acima de tudo direitos, e o primeiro deles é não ter nenhum dever, esteja ele, na escola, na rua, ou em casa.

O papel do professor, (ou prof, para o aluno-cliente) é, por conseguinte, conquistar, com simpatia e dedicação, a clientela, isto é, os seus alunos. Você pode não entender, mas sabe que uma hora de aula é demais para o adolescente dos nossos dias. Também sabe que ele precisa de tempo para dar asas à imaginação, seja ela tramar os pais ou iludir os avós, na compra do último modelo da sony, ou enganar o irmão, defraudar o amigo, e maltratar o vizinho.

Seja paciente:

Se ele (o seu cliente escolar) o insultar, porque você lhe pediu, educada e cortesmente, para lançar a Chiclette no cesto do lixo, é preciso entendê-lo - é a sua forma de lhe agradecer por estar com ele. E se um dia você for convocado pela secção disciplinar da sua escola para explicar a razão que o levou a anular um teste ao seu aluno-cliente, que alega pura coincidência das suas respostas com as do colega do lado, faça de conta que é mais um momento de formação contínua: aprende-se todos os dias na Educação Nacional, somos alunos até à morte... ou até à reforma (tudo depende do governo seguinte...)

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por cunha ribeiro às 17:40

PROJETO DE PORTARIA – VINCULAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

por cunha ribeiro, Quarta-feira, 04.01.17


(…)
Nestes termos, ao abrigo n.º x do artigo Xº do Decreto-Lei n.º X, de xx/201X, manda
o Governo, pelos Ministros das Finanças e da Educação, o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
A presente portaria regulamenta o regime de integração extraordinária para a
seleção e o recrutamento do pessoal docente dos estabelecimentos públicos de
educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário da rede do Ministério da
Educação, previsto no Decreto-Lei n. º xx/201X.
Artigo 2.º
Requisitos para a integração extraordinária
1 — A integração na carreira, mediante concurso, dos docentes ocorre desde que
verificados os seguintes requisitos cumulativos:
a) 4380 dias de tempo de serviço letivo prestados com qualificação profissional;
b) Possuir, à data de abertura do concurso, 5 contratos a termo resolutivo, no
mesmo grupo de recrutamento, nos últimos 6 anos e celebrados nos
estabelecimentos referidos no n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n. º xx/201X;
c) Cumprimento dos requisitos previstos no artigo 22º do Estatuto da Carreira
Docente;
d) Para efeitos do disposto na alínea b) apenas será contabilizado um contrato
por ano, sem prejuízo da sua duração e tipologia.
2 — O tempo de serviço referido no número anterior é contabilizado até 31 de agosto
de 2016.
Artigo 3.º
Apuramento de vagas
1 — A dotação de vagas do presente concurso extraordinário é determinada por
aditamento ao número de vagas dos quadros de zona pedagógica, discriminadas por
grupo de recrutamento, fixadas para o concurso externo do ano escolar 2017/2018,
nos termos do Decreto-Lei n.º 27/2006, de 10 de fevereiro, com a alteração introduzida
pelo Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro, regulados pelo Decreto-Lei n.º
132/2012, de 27 de junho, na sua atual redação.
2 — Sempre que os docentes reúnam cumulativamente os requisitos do artigo 42º do
Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na sua atual redação, e do artigo 2º da
presente portaria, prevalece a vaga que resulta da verificação das condições para a
primeira prioridade do concurso externo.
3 — No caso do docente não se encontrar colocado no ano escolar 2016/2017, em
conformidade com a alínea b) do n.º 1 do artigo 2º, considera-se o último agrupamento
de escolas ou escola não agrupada de colocação para a abertura de vaga no quadro de
zona pedagógica correspondente.
Artigo 4.º
Produção de efeitos
A presente portaria produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação.

_____________________________________

Sobre esta portaria Arlindo (Blog) esclasrece:

Apenas o tempo de serviço está limitado nesta portaria e refere que em 31/08/2016 o docente tenha de ter os tais 4380 dias de serviço após a profissionalização. Também não diz que esse tempo de serviço necessita de ser nos grupos para os quais tem 5 contratos nos últimos 6 anos.

A condição seguinte aos 4380 dias após a profissionalização até 31/08/2016 é a existência de 5 contratos (independentemente da sua duração e tipologia, ou seja pode ser um contrato temporário de um mês) nos últimos 6 anos, sendo que é apenas contabilizado um por ano, mas no mesmo grupo de recrutamento.

E até quando são contabilizados os contratos?

Até à data de abertura do concurso!

 

E se é até à data de abertura do concurso são contados os contratos de 2016/2017.

A questão que se coloca é se começam apenas a ser contabilizados a partir do dia 1 de Setembro de 2011/2012, ou se poderão ser contados a partir de 2011, na precisa data em que abrir o concurso de vinculação extraordinária para 2017.

A redacção desta portaria cria dúvidas que certamente serão dissipadas nas reuniões entre os sindicatos e o ME que vão decorrer esta semana.

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por cunha ribeiro às 14:20